Capítulo 7: Viveiros
"As mãos grandes e ossudas agora param espalmadas no ar na altura do rosto sobre a pasta de plástico preta estampada com uma coruja, que ele traz no colo."
...Eu sou apenas um rapaz latino-americano/ Sem dinheiro no banco.../ Por favor não saque a arma/ No saloon, eu sou apenas o cantor...
Belchior – Apenas um rapaz latino-americano
A sombra da alameda e o frescor da brisa me levavam. Caminhava, já no alto da colina, até o prédio da escola onde havia concluído o ginásio, um instituto rural, a uma boa hora a pé de Senhora da Primavera, cercado de lagos e pastos bem cuidados, povoados de gado Jersey e girolando, com um ribeiro afluente do Matacavalos a correr na baixada. Eu me encontrava de passagem, em visita a alguns amigos que preservava d’A Turma. Logo avistei as paredes pintadas de amarelo romano, o arco e as escadas de acesso à varanda que nos recebia na casa principal. Ali viviam a diretora, a enérgica dona Geraldina Vicentina Meyer, e suas lindas filhas ainda adolescentes, Prímula, Pátina e Pétala, esta por quem o primo do Quel, Braço de Ferro, se apaixonara para sempre no instante em que vira a moça, no quintal da sede, dependurar umas calcinhas no varal.
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